O que é esta tela?
O Simulador Financeiro é uma ferramenta que projeta o caixa da empresa para os próximos meses, considerando:
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Caixa inicial disponível.
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Entradas recorrentes (faturas previstas a receber).
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Saídas recorrentes (despesas oficiais e inferidas).
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Rendimentos do caixa aplicado na Selic.
Além da previsão, você pode simular cenários como Compras, Aportes, Empréstimos e Investimentos, avaliando o impacto de cada decisão no caixa e no equilíbrio financeiro da empresa.
Explicação dos tipos de simulação
Tipos de simulação disponíveis
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Compras (bens/serviços)
Use quando quiser avaliar a aquisição de um ativo ou serviço (ex.: servidor físico, software, equipamento).
O simulador compara:-
À vista: aplica o desembolso imediato, considera eventuais reduções/aumentos de despesas mensais e calcula o payback.
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A prazo: aplica o valor total parcelado, calcula o valor presente dos pagamentos e compara com a economia gerada.
Resultado: indica se é melhor pagar à vista, parcelar ou não comprar, levando em conta a Selic e a liquidez do caixa.
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Aporte
Simula a entrada imediata de um valor no caixa (ex.: aporte de sócios ou investidores).
Impacto: aumenta a liquidez da empresa, melhora a projeção de saldo e aumenta os rendimentos mensais do caixa.
Útil para visualizar se o aporte é suficiente para cobrir déficits previstos. -
Empréstimo
Simula a contratação de crédito bancário.
Informe: valor do empréstimo, taxa anual e quantidade de parcelas.
O sistema calcula o valor da parcela, o custo financeiro total e compara com a Selic (custo de oportunidade).
Útil para decidir se vale a pena recorrer a financiamento ou buscar alternativas mais baratas. -
Investimento
Simula aplicar parte do caixa em um produto financeiro (ex.: Selic, CDB, fundo).
Informe: valor investido e taxa de retorno anual.
O sistema compara o retorno com a Selic (taxa mínima de atratividade).
Se o investimento tiver retorno inferior à Selic, não compensa — é melhor manter o caixa aplicado.
Útil para avaliar oportunidades e decidir entre manter liquidez ou buscar retorno maior.
Dicas práticas
1. Horizonte (meses)
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Representa o período de tempo em que a simulação será analisada.
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Use horizontes curtos (12–24 meses) para avaliar o retorno de curto prazo ou itens de uso limitado.
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Use horizontes longos (48–60 meses) para ativos duradouros, como servidores, máquinas e equipamentos.
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Quanto maior o horizonte, mais meses de economia/retorno entram no cálculo, o que pode tornar o investimento mais atrativo.
2. Interpretação do NPV (Valor Presente Líquido)
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O NPV traz os fluxos de caixa futuros “para hoje”, descontados pela Selic.
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NPV positivo → o investimento/decisão gera valor acima da Selic.
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NPV negativo → a Selic seria uma alternativa melhor, logo a decisão não compensa.
3. Interpretação do Payback
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Payback é o tempo que leva para recuperar o investimento inicial.
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Paybacks curtos (ex.: < 24 meses) reduzem riscos e indicam investimentos de retorno rápido.
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Paybacks longos (> 36 meses) precisam ser avaliados com mais cautela, pois expõem o caixa a riscos futuros.
4. Liquidez do caixa
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Sempre considere a reserva mínima de segurança (recomendação: ≥ 3 meses das despesas fixas).
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Mesmo que o NPV indique que a compra à vista é melhor, pode ser preferível parcelar para manter o caixa saudável em emergências.
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A recomendação do simulador já alerta quando pagar à vista compromete a liquidez.
5. Comparação entre opções
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Em compras: olhe o NPV à vista x NPV a prazo → a maior vence.
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Em investimentos: compare a taxa oferecida com a Selic.
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Em empréstimos: avalie se o custo efetivo supera o benefício gerado.
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Em aportes: veja se o valor realmente cobre o déficit previsto no período.
6. Decisão final
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Use o simulador como apoio à decisão, não como regra absoluta.
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Leve em conta também fatores estratégicos: urgência da compra, risco do fornecedor, tributação, prazo de entrega e cenários futuros.